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Como entender nativos falando inglês

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Vânia Paula

“Oi Vânia, estudei inglês sozinha, estudei em escolas, estudei online, mas ainda tenho muita dificuldade em entender nativos falando inglês. Entro em pânico, fico muito nervosa e acabo não falando o que eu sei.

Como não consigo ouvir e entender de primeira, o inglês não entra no automático e isso retarda minha capacidade de resposta. Ao meu lado, tenho duas pessoas que moraram na Europa por mais de 10 anos, acabo me comparando e ficando pior!

Me ajuda, o que preciso fazer para resolver isso e me sentir segura para fazer apresentações e reuniões com clientes em inglês?”

Uma aluna me mandou essa mensagem logo que ela iniciou seu treinamento comigo. Se você também se identifica com essa dificuldade, você está no lugar certo!

Neste artigo, quero mostrar como entender nativos e acabar com o sufoco nas reuniões em inglês.

Se preferir, pode assistir essa aula que foi transmitida no YouTube.

Deixo logo uma importante dica para iniciar este artigo:

A aquisição de fluência em um segundo idioma pressupõe o estudo de quatro habilidades em equilíbrio, a saber: reading (leitura), listening (escuta), writing (escrita) e speaking (fala).

Minha aluna tinha algumas características. Ela estudou muitos anos em cursos que focaram mais em gramática do que conversação; praticou o listening somente com os materiais que o curso proporcionou na sala de aula; sentia que a leitura era mais fácil de aprender e, como ela gostava, passava a maioria do tempo estudando somente leitura.

Infelizmente, a maioria das pessoas que sentem dificuldade em ouvir e entender inglês certamente concentraram seus estudos mais em ler e escrever do que em ouvir e falar.

Isso costuma acontecer porque ouvir e falar são as habilidades mais desafiadoras na fluência, assim, muitas pessoas acabam fugindo dessa parte, já que envolve exposição às outras pessoas.

A consequência é que muitas pessoas ficam com essa sensação de insegurança para participar de reuniões em inglês. Elas deixam de se expor e ganhar território no ambiente de trabalho – ou acabam se arriscando, mas não conseguem demonstrar confiança na hora de se comunicar em inglês.

Para ajudar a resolver esses desafios, meu objetivo é trazer uma estratégia de estudos complementar para que você possa compreender com facilidade os nativos e estrangeiros falando inglês.

Nós não ouvimos apenas com o ouvido!

É importante entender duas coisas desta afirmação. Primeiro, existe a comunicação verbal e a não verbal. Ou seja, quando eu não estou vendo a pessoa, não tenho condições de captar as mensagens de linguagem corporal e até da leitura labial. E é por isso que, reuniões que acontecem ao telefone são as mais desafiadoras.

A segunda coisa é que captamos informações através de nossos sentidos: auditivo, cinestésico e visual. Todos nós nos comunicamos através dos três, mas um dos sentidos sempre se sobressai.

Exemplos:

Na sala de aula sempre tinha aquele aluno que nada copiava, só escutava o professor e ia bem nas provas, ele é auditivo. E o cinestésico? Quando você está com alguma coisa nas mãos e a pessoa diz: “Deixa-me ver?” Ela não quer ver somente com os olhos, ela precisa pegar.

No final deste artigo tem um link para você fazer um teste e descobrir o seu canal de comunicação predominante. Agora, veja algumas estratégias específicas para o seu canal de comunicação quando estiver em uma reunião:

Auditivos

Tenha paciência com você mesmo na hora de responder perguntas, porque, em geral, os auditivos primeiro pensam e escutam mentalmente o que precisam falar, para depois falar. Eles falam pausadamente e escolhem as palavras. Se você ficar afobado para responder, não dará ao seu cérebro o tempo de processamento que ele precisa.    

Sempre que possível, use fones de ouvido. Pessoas auditivas tem dificuldade com ruídos e lugares barulhentos.

Visuais

Ouça fazendo imagens mentais do que está sendo dito. Construa um filme do que você está ouvindo na sua mente. Não precisa ser uma produção de Hollywood, pode ser uma apresentação de teatro da 5ª série.

Espere o interlocutor terminar de falar, evite interrompê-lo e controle sua ansiedade. O processamento mental de uma pessoa visual é muito rápido e geralmente quer sair atropelando e falando. Isso acaba atrapalhando.

Cinestésicos

Se isso for confortável para você, ouça a reunião olhando para baixo, como quem olha para dentro, pois é assim que o cinestésico costuma processar pensamentos. Além disso, estímulos visuais e auditivos atrapalham cinestésicos, se você está em um lugar com muito movimento ou barulho, isso pode te distrair facilmente.

Tenha sempre algo na mão. Cinestésicos precisam se movimentar e tocar, por isso, papel e caneta, mesmo que para rabiscar poucas palavras, ajudam muito. Se for possível, caminhe enquanto fala ao telefone.

Já ouviu falar na expressão: “você me ouve, mas não me escuta”?

Existe uma coisa chamada escuta ativa, e a maioria de nós não tem o hábito de parar para escutar nem na nossa língua materna. Minha tia costumava dizer: “Deus deu dois ouvidos e uma boca”. Era o jeito fofo dela dizer que os sobrinhos tinham que ouvir mais e falar menos.

Quem nunca se pegou interrompendo os outros, enquanto esses nem haviam terminado de falar? Isso é uma pegadinha do cérebro que quer economizar energia a todo custo, então ele manda uma mensagem: “Porque eu vou esperar ele terminar de concluir o raciocínio se eu já entendi ‘tudo’?

Só que isso não é um bom hábito. Infelizmente, a gente acaba fazendo isso quando estamos aprendendo outra língua. O problema aparece porque a pessoa ainda não domina o idioma e quer processar informação tão rápido quanto processa na língua mãe.

O estudante de idiomas precisa desenvolver novos hábitos e transformar o processo de reconstrução da fala, para não se frustrar e se sentir como uma criança aprendendo a falar.

Durante suas próximas conversas, em português ou inglês, crie o hábito de se fazer as seguintes perguntas:

  • Meus olhos estão olhando a pessoa?
  • Estou respirando?
  • Minha boca está fechada?
  • Estou criando imagens mentais do que estou ouvindo?
  • Faço perguntas quando não entendo?
  • Parafraseio a informação para garantir que entendi a mensagem?

Pratique isso sempre. Não é só o seu inglês que vai melhorar, mas sua vida.

É sempre bom você ter em mente perguntas coringa durante suas conversações em inglês. Elas servem para pedir que a pessoa repita o que falou, caso você não tenha entendido algo:

  • I didn’t catch that.
  • I didn’t get that.
  • Could you repeat that?
  • Could you say that again? 
  • I missed that.
  • I beg your pardon.

Pelo amor de Deus, jamais diga: “What?”. Isso é extremamente rude. A menos que você realmente queira ser rude, não use essa palavra.

Quando você ouvir e entender algo que desconhece o significado, pergunte: “Sorry, what do you mean about…

Ou ainda: “Sorry, I didn’t get. What do you mean by that?” (apenas tome cuidado com a entonação da voz).

Comece a praticar esses novos hábitos para treinar sua escuta ativa.

Seu problema pode ser outro!

Imagina a seguinte situação: alguém disse algo e você não entendeu. Então a pessoa digitou, ou soletrou, e mesmo após ler, você ainda não conhece o significado daquela palavra. Se essa situação acontece com muita frequência, o problema não está somente no listening, mas também na aquisição de vocabulário.

Você pode colocar em prática tudo o que está aqui, mas tem que ter em mente que precisa trabalhar para melhorar seu vocabulário também.

No entanto, se você consegue ter um bom entendimento ao ler as palavras (como as legendas de um vídeo), então siga para a última etapa deste artigo.

Plano de ação

A melhor forma de melhorar a compreensão auditiva é ouvindo. Se você quer uma mágica para resolver isso, você está no lugar errado. Já que falamos em mágica, segue abaixo uma receita para não melhorar o seu listening:

  • Ouvir somente o material do seu cursinho de inglês;
  • Ouvir vários vídeos de brasileiros “ensinando” inglês;
  • Perder bastante tempo assistindo filmes dublados;
  • Deixar de ouvir inglês todo santo dia; e
  • Desanimar na primeira tentativa porque é difícil de entender.

Agora que você sabe o que não fazer, vamos em frente com o que fazer.

Coloque seu celular despertar uma determinada hora do dia para praticar o listening de forma ativa, sempre no mesmo horário, preferencialmente.

No sábado ou domingo use os recursos de pesquisa abaixo para separar o material de estudos da semana.

Recurso 1 – YouTube

Usando o YouTube você vai pesquisar os seguintes termos:

  • Call Center Conversation
  • Customer service call
  • Funny Call Center
  • Call example

Assista vídeos da realidade e não de professores dando dicas para reuniões. Você precisa do inglês da “vida real”, por mais desafiador que ele seja no começo.

Se você reservou apenas 15 minutos por dia, use o botão do filtro de pesquisa do YouTube para pegar vídeos com menos de 4 minutos, assim você tem tempo para realizar a estratégia completa.

Não coloque legenda; queremos melhorar o seu listening, não o reading. Apenas ouça e anote algumas palavras, ou a ideia geral do que você entendeu.

Se estiver muito difícil, reduza a velocidade do vídeo e experimente ouvir novamente. Com o tempo você vai aumentando.

Se na primeira você entendeu somente o “Good morning” não tem problema nenhum, apenas anote o que você entendeu, sem desespero.

Guarde em um caderninho um registro da sua evolução. Essa é uma boa forma de registrar:

Exemplo: Compreendi que era uma ligação para solicitar agendamento de consulta e que o médico não tinha o horário disponível. 1 – ruim / 2 – regular / 3 – bom / 4 – excelente

De tempos em tempos você mesmo vai perceber sua evolução, por isso é extremamente importante registrar.

Recurso 2 – Podcasts

Usando podcasts você vai pesquisar um dos canais sugeridos abaixo:

  • Two guys on the phone”: dois amigos escolhem um tema aleatório e discutem ao telefone por alguns minutos.
  • Brooke & Jubal”: esse é um bom canal para seguir se você gosta daquelas pegadinhas por telefone que passam nas rádios.
  • A phone call from Paul”: se você gosta de livros, esse canal é uma boa sugestão. O dono do canal entrevista alguns autores para falar sobre suas recentes publicações, tudo por telefone.

E se você quiser outras opções de podcasts com ligações telefônicas, digite “phone call” no seu aplicativo de podcast e assine os canais do seu interesse.

Ouça os podcasts enquanto faz outras atividades (dirigindo, em filas, deslocamento para o trabalho, na academia, etc.)

Você vai só ouvir, só isso. Não precisa se preocupar em ficar 100% atento, nem em anotar nada. O foco é só ouvir e ir acostumando seus ouvidos.

Faça essas etapas de maneira consistente, pois só assim seus ouvidos se acostumarão com o inglês falado pelos nativos.

Garanto que, praticando listening com esses tipos de áudios e com consistência, reuniões ou ligações telefônicas em inglês não serão mais um problema para você.

Faça o teste para saber seu canal de comunicação mais predominante.

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